Ele marca a transição entre a fase reprodutiva e não reprodutiva, geralmente entre os 40 e os 60 anos, e é frequentemente acompanhado por dúvidas e preocupações. Nesse contexto, uma das indagações mais comuns é: climatério engorda?
A resposta direta é “sim”, mas isso não é tão simples assim. Por isso, preparamos este conteúdo com as principais informações que você precisa entender sobre o tema. Confira!
Durante o climatério, os níveis de estrogênio diminuem gradualmente. E essa queda hormonal tem impactos diretos no metabolismo, na distribuição de gordura corporal e na regulação do apetite. Além disso, há um aumento da gordura visceral — aquela que se acumula na região abdominal e que está relacionada a riscos maiores de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares.
Mas isso não quer dizer que engordar é inevitável ou que todas as mulheres vão enfrentar esse problema. Na verdade, o ganho de peso está relacionado a uma combinação de fatores, que envolvem desde mudanças hormonais até o estilo de vida e aspectos emocionais.
Podemos entender essa como uma verdade parcial. Afinal, o climatério, por si só, não faz a mulher engordar. No entanto, a queda de estrogênio contribui para mudanças no metabolismo e na forma como o corpo armazena gordura. Dessa forma, o controle do peso se torna mais desafiador, mas não impossível.
Um estudo realizado com 253 mulheres climatéricas revelou que 66% apresentavam excesso de peso (30,8% com sobrepeso e 35,2% com obesidade). Entre os fatores mais associados ao ganho de peso nessa fase, destacam-se:
Além disso, fatores como sedentarismo, alimentação desbalanceada e baixa ingestão de frutas e vegetais também se mostraram relevantes.
Essa é uma queixa comum entre mulheres climatéricas. E muitas vezes, o problema está justamente na forma como a dieta foi conduzida. Dietas restritivas, feitas sem acompanhamento adequado, podem desacelerar ainda mais o metabolismo e aumentar a compulsão alimentar.
Além disso, o estudo aponta que mulheres que já haviam feito dieta apresentaram maior prevalência de sobrepeso e obesidade. E isso nos leva a entender que a mudança de hábitos sustentáveis a longo prazo é mais eficaz do que qualquer dieta milagrosa.
Com certeza! O climatério é uma fase de transição intensa, que pode vir acompanhada de ansiedade, depressão, baixa autoestima e mudanças na vida pessoal e profissional. Todos esses fatores impactam diretamente o comportamento alimentar e os níveis de atividade física.
A avaliação da qualidade de vida feita com as mulheres do estudo demonstrou que aquelas com sintomas psicológicos mais severos tinham maior prevalência de sobrepeso e obesidade. Portanto, cuidar da saúde mental é fundamental.
Apesar de ser um grande desafio, o ganho de peso não precisa ser algo inevitável. Ou seja, com uma abordagem integrada e individualizada, é possível passar por essa fase com mais saúde e bem-estar. Confira algumas estratégias importantes:
O climatério é um processo natural e, embora haja uma predisposição maior ao ganho de peso, esse não é um destino selado. Ao entender os fatores que influenciam o metabolismo nessa fase — hormonais, emocionais, comportamentais e sociais — a mulher pode buscar suporte adequado e fazer escolhas que favoreçam sua saúde integral.
Agora que você sabe se o climatério engorda ou não, aproveite para nos seguir nas redes sociais para mais informações sobre saúde da mulher e bem-estar durante a menopausa.